Publicado em 05 de maio de 2019
Publicado em 05 de maio de 2019
"Então você está me dizendo que o problema é esse? Entendi! E o que você está pensando em fazer para solucionar isso? Qual é a sua estratégia?"
Parece uma conversa bem bobinha. Mas não é! É comum eu perguntar para fazer a provocação de como a pessoa irá se comportar, caso ela precise tomar uma decisão, e geralmente, vejo mais uma espera de direcionamento, do que propriamente uma ação. Triste!
Fiquei pensando sobre isso e acredito que as pessoas perderam sua capacidade de assumir responsabilidades, porque tem alguém para fazer isso por elas. O que mais me chama atenção é que estamos "delargando" isso para as máquinas.
Trabalhei num grande projeto que usa inteligência artificial para fazer a recomendação para o nosso cliente. Isso, a nível de tecnologia, foi muito legal por todo o conhecimento que obtive e as possibilidades que existem para serem usadas. No entanto, estamos deixando as pessoas mais preguiçosas do que deveriam. Foi isso que me chamou atenção.
Preciso saber algo, o Google vai me dizer. Preciso ir até aquele lugar, o Waze vai me levar. Preciso de algo, alguém vai me indicar qual a "melhor" opção para mim. E o pior, é que as recomendações são cada vez mais parecidas com os grupos que pertenço, formando um aglomerado de pessoas que pensam como penso. E onde fica a outra forma de ver a situação? Perdemos? Dá muito trabalho pensar?
Será que estamos nos tornando fruto do que uma máquina programada por alguém, que nem sabemos quem é? Por que não pensamos mais sozinhos? Se não prestarmos atenção em tudo isso que está acontecendo, ao invés de termos inteligência artificial seremos burros reais.